


A Pubvet elaborou uma lista com os cinco artigos mais lidos no mês de setembro!
Agradecemos a comunidade de pesquisadores e profissionais atuantes que fazem da nossa revista uma referência para as áreas de Medicina Veterinária e Zootecnia.
Fique à vontade e acesse os itens abaixo. Boa leitura 🙂
Dica: clique nas palavras-chave e confira outros artigos da Pubvet relacionados ao mesmo tema.
Botulismo canino: Revisão
Clostridium botulinum , cão , neurotoxina
“O botulismo tem como agente causal Clostridium botulinum, bacilo gram positivo anaeróbico obrigatório, formador de endosporos, encontrado no solo e em muitos sedimentos de água fresca. É uma afecção neuroparalítica, sendo descritas sete neurotoxinas (A a G), sendo a C mais comumente encontrada em pequenos animais. Em cães, o alimento geralmente está contaminado com a neurotoxina do tipo C, causando bloqueio da acetilcolina nos receptores da junção neuromuscular, geralmente de horas a dias após a ingestão, causando paralisia de neurônio motor inferior, com fraqueza rápida progredindo para decúbito. O objetivo desse trabalho é uma atualização do botulismo canino, como diagnóstico primário ou diferencial em diagnóstico neurológico, abordando desde sua etiologia, incidência, patogenia, manifestações clínicas, tratamento e prognóstico”.
Autores: Elissandra da Silveira & Sandra Márcia Tietz Marques
Diagnóstico e tratamento de lúpus eritematoso discoide canino: Relato de caso
dermatopatias, lúpus eritematoso discoide, poodle
“O complexo Lúpus Eritematoso (LE) é constituído por um conjunto de dermatopatias autoimunes que pode se manifestar em duas apresentações clinicas principais: o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e o Lúpus Eritematoso Discóide (LED). O diagnóstico clínico do LED muitas vezes é um desafio, devido à variedade de sintomas que pode ocorrer tanto no lúpus, como em outras patologias dermatológicas, fato este que interfere na rapidez do diagnóstico e consequentemente no tratamento e melhora do paciente. Este trabalho tem como objetivo relatar a importância do exame histopatológico no diagnóstico definitivo para o tratamento e prognóstico favorável de paciente canino, poodle com LED. Foi atendido na Policlínica veterinária metropolitana – HVM, um cão da raça poodle, com lesão em região do focinho tendo passado por tratamentos anteriores sem resultado aparente, foram feitos exames laboratoriais e citológico para que fossem descartadas outras dermatopatias. Após resultado inconclusivo na citologia, foi solicitado o histopatológico, para definição do diagnóstico exato e exclusão de outras dermatopatias. O histopatológico confirmou o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Discóide. Foi instituído tratamento com corticosteroides na dose de 1,0mg/kg, vitaminas antioxidantes e protetor solar. Após 10 dias houve o aumento da dose para 2,5mg/kg, que é a dose imunossupressora. O animal apresentou resposta com diminuição da região crostosa da lesão em plano nasal”.
Autores: Vanessa Lucas da Silva, Cynthia Levi Baratta Monteiro, Michelle Costa e Silva, Raimundo Diones Carneiro, Euclides Rodrigues Pereira Junior, Lorena Vasconcelos de Lucena
Osteossarcoma canino: Relato de caso
neoplasia óssea, osteossarcoma, tumor ósseo
“Osteossarcoma é um dos tumores ósseos maligno mais comum em cães, sendo que nessa espécie mais de 80% das neoplasias ósseas malignas são osteossarcomas. A ocorrência desta doença é maior em cães com 5 a 9 anos, com pico ao redor de 7 anos, porém ela também pode ser observada em cães jovens, com 1 ano de idade. Em raças de grande porte a incidência é maior e ambos os sexos são igualmente acometidos. O osteossarcoma ocorre também em gatos, mas é menos comum do que em cães, e o desenvolvimento de metástases é mais lento. A etiologia do osteossarcoma (OSA) canino permanece desconhecida. Os primeiros sintomas a serem observados são claudicação e extenso aumento de volume, doloroso, no foco tumoral. O diagnóstico é baseado no histórico, exame físico, laboratorial, citilográficos e principalmente achados radiográficos, que mostram áreas de destruição óssea, neoformação óssea, contorno indefinido, reação periosteal (em alguns casos em “raios de sol”) e aumento do volume de tecidos moles, sendo a confirmação feita por biópsia e exame histopatológico. Os tratamentos podem ser com quimioterapia, radioterapia, cirurgia para a amputação do membro acometido e cirurgia com preservação de membro. O prognóstico em geral é ruim, porém dependerá da espécie, da raça e da resposta ao tratamento”.
Autores: Rebecca Tavares Lima, Mariela Sousa Gomes, Veridiana Miranda Negreiros, Leopoldo Fabrício Marçal do Nascimento
Hemocromatose em Ranfastídeos: patogenia e tratamento, uma revisão
Ranfastídeos, Tucanos, Hemocromatose, Ferro
“Hemocromatose é uma afecção que ocorre por depósito excessivo de ferro em diversos órgãos, principalmente no fígado, em níveis que provocam alterações patológicas estruturais e funcionais ao órgão. Esta doença acomete comumente espécies da família Ramphastidae em cativeiro, pois estes animais são onívoros e desenvolveram mecanismos para a eficiente absorção de ferro em dietas com baixa disponibilidade deste micronutriente, o que causa em caso de dietas com níveis elevados do mesmo, sobrecarga. As principais causas relacionadas à hemocromatose são a predisposição genética, o consumo de dietas desbalanceadas ricas em ferro, doenças que causem hemólise e iatrogenia. O diagnóstico clínico é dificultado por manifestações inespecíficas, geralmente relacionadas à lesão hepática. Como diagnóstico laboratorial pode-se utilizar exames bioquímicos como nível sérico de ferro, ferritina, enzimas hepáticas, ácidos biliares, capacidade total de ligação de ferro e índice de saturação da transferina. O diagnóstico definitivo é feito pela biópsia hepática. Para tratamento, utiliza-se flebotomias ou o uso de quelantes de metal. Conclui-se que são necessários mais estudos que facilitem o diagnóstico precoce da doença e que confirme a eficácia dos tratamentos utilizados, uma vez que a hemocromatose é comum em Ranfastídeos criados em cativeiro”.
Autores:André Luiz de Oliveira Faccioni, Bruna Cristina Perticarrari da Silva, Edson Ronaldo Bueno, Mariana Jungers Calderaro Nahum, Maria Carolina Gonçalves Pita
Efeitos Colaterais de Antiinflamatórios Não Esteróides em Cães e Gatos
Antiinflamatórios não esteróides, Cães, Gatos, Efeitos Adversos
“Antiinflamatórios não esteróides são um grupo de drogas usado com freqüência tanto em humanos como em animais. São usados principalmente no tratamento da dor, inflamações e febre. O mecanismo primário de ação dos antiinflamatórios não esteróides é a inibição da cicloxigenase. Isto resulta na redução da síntese de prostaglandinas que são mediadoras da inflamação. Esta inibição também causa muitos efeitos colaterais, particularmente no trato gastrointestinal e nos rins. É possível reduzir os riscos de efeitos colaterais conhecendo os fatores predisponentes e administração de medicações profiláticas. Este artigo revisa os efeitos colaterais de AINEs em cães e gatos. Os mecanismos que são responsáveis pelos efeitos adversos são descritos bem como os fatores de risco, prevenção e algumas descobertas recentes para o desenvolvimento de futuros AINEs”.
Autores: Lídia Roedel Hinkelmann Berbert, Luiz Fernando Lucas Ferreira